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Artigo 1 - Barbiehimer

A Bomba Rosa

Recentemente assisti Barbie e Oppenheimer. E depois de dois dias digerindo o que vi, pensei neste artigo/crítica do porquê essas duas obras estão obtendo bastante sucesso. Lembrando que, isso já ocorreu de forma similar em 2008 quando Batman e Mamma Mia estrearam juntos; mas vamos por partes.
O primeiro ponto são os gêneros dos dois filmes. Assim como as duas pessoas retratadas na imagem deste artigo, cada filme possui um traço único. Sendo praticamente o oposto do seu concorrente de bilheteria. Então, por apresentarem uma temática diferente, em nenhum momento há um conflito gênero, o que evita uma possível saturação com o público. Levando em conta a fatia do público que pode e quer ver as duas produções (favor não levarem os sobrinhos que possuem menos de dezoito anos para verem Oppenheimer. Porque o filme não só mostra de onde veio a bomba atômica, mas também mostra de onde podem vir os bebês).
O segundo ponto é o marketing: Ambas as produções souberam como venderem seus ingressos. Além de usarem seus trailers, materiais promocionais e recursos de comunicação, eles souberam aproveitar os memes e o marketing que a própria internet estava fazendo de graça. Gerando engajamento até mesmo na vestimenta que o público deveria usar quando fosse assistir os filmes: Roupas rosa para ver Barbie e vestimentas mais escuras para Oppenheimer.
O terceiro e último ponto (para este artigo não te ocupar lendo setenta páginas de glitter explosão) é a qualidade das duas obras. Os dois filmes souberam como contar suas estórias e como transformar algo abstrato em imagens mais concretas. Oppenhimer conseguiu mostrar a beleza e o horror da ciência, fazendo uma comparação muito inteligente do protagonista com um outro personagem da mitologia grega chamado Prometheus. Ambos trouxeram o poder dos deuses para o homem e viram o que a humanidade fez com tal vantagem. Todos os atores estão afinados nessa sinfonia do desastre e o filme tem um ritmo excelente, deixando até um desafio de assistir ao longa-metragem e depois saber a duração total. Porém o destaque, na minha opinião, vai para BARBIE. Porque, no caso anterior, a questão era como contar uma estória já feita e como torná-la ainda mais interessante. Mas em Barbie, a narração teve que ser feita do zero e por dois roteiristas. E o resultado é um filme com um visual extremante lindo, um plot com comédia e substância, atuações excelentes e quebras de paradigmas muito bem-vindos nesse tipo de adaptação. Se oppenheimer pode ser descrito como uma sinfonia do desastre, eu diria que barbie é um estudo de personagem glamuroso e muito mais profundo do que aparenta ser. Ele mergulha de cabeça na história de todas as mulheres na sociedade e emociona com passagens muito delicadas.

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